Uma mulher foi apreendida após ter um surto em sua casa na última terça-feira (7). Segundo informações do portal Isto É, o marido acionou a polícia e relatou que ela havia se trancado em um cômodo com uma faca e ameaçava cometer suicídio.
Em um vídeo gravado dentro de uma delegacia, em Cáceres, no Mato Grosso (MT), é possível ver o subtenente da Polícia Militar Luiz Damião da Silva Campos orando pela moça e a “exorcizando”. Depois, ele alegou que ela estava “endemoniada”.
No vídeo, é possível ver também o policial militar com a mão na cabeça da mulher que estava exaltada e se debatendo. Ele começou a orar e repetia: “Vem Espírito Santo, vem meu pai, vem, age. Vem e leve para as trevas todo esse mal, Espírito Santo. Leva embora e me usa, meu pai”.
Durante a oração, a mulher, que estava algemada, caiu no chão, se acalmou e disse: “Meu pai amado”. Devido à grande repercussão que as imagens tiveram nas redes sociais, o policial gravou outro vídeo para explicar o que havia acontecido.
“A mulher estava transtornada, com uma faca. A encaminhamos até o Cisc de Cáceres e, no Cisc, ela ficou endemoniada, como vocês viram no vídeo”, afirmou. “Ela estava esturrando feito um animal e o Espírito Santo libertou essa mulher”, completou.
Luiz Damião ainda afirmou que é católico e muito apegado a Deus. “Queria que o Espírito Santo me abençoasse naquele momento e realmente me usasse. Pedi a unção do Espírito Santo, que Jesus me abençoasse. Então fui usado pelo Espírito Santo de Deus e graças a Deus aquele demônio foi se afastando daquela senhora.”
Ele também afirmou que os policiais militares do Batalhão em que atua têm o costume de orar antes de iniciar o trabalho. “Temos que estar apegados com o Espírito Santo porque a gente não sabe o que pode acontecer (nas ocorrências)”, finalizou.
Em nota, a Polícia Militar de Mato Grosso informou que a mulher precisou ser algemada porque estava muito agressiva. A corporação também afirmou que o subtenente realizou a oração no intuito de acalmá-la.
A PM frisou que Luiz não agiu com imprudência e não causou nenhum mal à mulher. Contudo, a corporação não orienta os agentes para agirem desse jeito. Depois, a mulher foi liberada pela polícia.