No Carnaval 2023 em Pernambuco, houve aumento das mortes violentas em comparação com 2020 - último ano em que houve a folia. Ao todo, 60 pessoas foram assassinadas entre os dias 18 e 21 de fevereiro (0h do sábado a 23h59 da terça-feira). Já em 2020, no mesmo período do Carnaval, 36 homicídios foram somados pela polícia.

Isso significa que, em média, 15 pessoas foram mortas em cada dia de folia neste ano. O crescimento no número de mortes violentas foi de 66,6%, segundo os dados divulgados pela Secretaria de Defesa Social (SDS). 

Só agora, quase 20 dias após o período carnavalesco, os números foram disponibilizados. Estão incluídos nesse número os homicídios, feminicídios, lesão corporal com resultado morte, latrocínios e mortes em intervenções policiais.

A Coluna Segurança identificou que o Recife foi o município com maior número de homicídios no período de Carnaval: 13 vítimas.

Jaboatão dos Guararapes somou seis mortes. Já Petrolina, no Sertão do Estado, registrou três. 

A maioria das vítimas de homicídios em Pernambuco tinha entre 18 e 34 anos. Ao todo, 37 das 60 mortes contabilizadas. 

Segundo a SDS, nenhum dos homicídios ocorreu em polos oficiais de folia. 

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO CARNAVAL 2023

Do total de homicídios no Carnaval 2023, seis vítimas eram mulheres. Quatro foram mortas no Recife, uma em Aliança e outra em Inajá. Este último registro foi identificado como feminicídio. 

Nesse período, 627 mulheres procuraram as delegacias do Estado para registrar boletins de ocorrência pelo crime de violência doméstica ou familiar. Neste ano, pela primeira vez, seis delegacias especializadas de Atendimento à Mulher funcionaram 24h no Carnaval. 

OPERAÇÃO CARNAVAL 2023 DE PERNAMBUCO

Neste ano, o investimento do governo de Pernambuco na Operação Carnaval 2023 foi de R$ 11,5 milhões.

Ao todo, houve 61.561 lançamentos (plantões extras, com direito ao pagamento de diárias) de profissionais da segurança no Estado - sendo 49.844 de policiais militares, 6.025 de policiais civis, 4.495 do Corpo de Bombeiros, 195 da Polícia Científica e 1.002 de outros profissionais da Defesa Social.