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Brasileiro gasta 15% do SALÁRIO MÍNIMO com o TRANSPORTE PÚBLICO

Levantamento considera o passageiro que paga apenas duas tarifas por dia, em cinco dias da semana

Publicada em 02/05/2023 às 10:07h - 87 visualizações

por Roberta Soares


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Nunca foi tão difícil para o brasileiro custear a passagem no transporte público. Passageiros estão comprometendo pelo menos 15% do orçamento mensal - FOTO: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM  (Foto: )

Nunca foi tão caro se deslocar de transporte público no Brasil. Principalmente para a população que sobrevive com o salário mínimo atual de R$ 1.320. Esses passageiros estão comprometendo pelo menos 15% do orçamento mensal.

E esse percentual vale para o usuário que paga apenas duas passagens por dia e considerando 20 dias úteis de trabalho - ou seja, trabalhando apenas de segunda à sexta-feira. Nessas condições, este cidadão estará gastando R$ 192 mensalmente com o transporte público coletivo no País.

O cálculo foi realizado pela plataforma de descontos online Cuponation, que levantou o valor das tarifas do transporte público no Brasil e no mundo. O levantamento é feito a partir de dados da companhia alemã Numbeo, que anualmente divulga a lista das 100 nações com o bilhete mais caro do globo.

O Brasil aparece na 49ª posição este ano, cobrando em média R$ 4.80 por cada passe de ida. Em 2020, ocupava o 55º lugar no ranking, ou seja, as tarifas do transporte público passaram a pesar ainda mais para o brasileiro.

RANKING MUNDIAL DAS TARIFAS MAIS CARAS

As pessoas que pagam mais caro para andar de transporte público são os moradores da Suíça, desembolsando quase R$ 20 a cada viagem.

Ocupando o segundo e terceiro lugares da lista, estão a Noruega e a Holanda, que cobram R$19.32 e R$18.58, respectivamente, a cada bilhete vendido.

 

CÍRIO GOMES / JC IMAGEM
O Brasil aparece na 49ª posição este ano, cobrando em média R$ 4.80 por cada passe de ida no transporte público - CÍRIO GOMES / JC IMAGEM

 

Os países onde usar o transporte público é mais barato no mundo são o Cazaquistão e o Nepal, que ficaram em penúltimo e último lugar no ranking, nesta ordem. O Cazaquistão cobra apenas R$ 1, enquanto o Nepal é ainda mais barato: R$ 0.96.

PERDA HISTÓRICA DE PASSAGEIROS

O transporte público por ônibus segue sofrendo as mazelas provocadas pela pandemia de covid-19. Levantamento atualizado da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) aponta que o setor acumulou, nos últimos três anos, uma perda financeira na ordem de R$ 36 bilhões. O rombo seria referente ao período entre 2020 e 2023.

METRÔS e TRENS do Brasil seguem em crise, assim como os ônibus. Confira balanço do setor

Os ônibus, assim como os sistemas sobre trilhos, amargaram uma perda de demanda de passageiros que chegou a 80% e, mesmo agora, três anos depois do início da crise sanitária, ainda não conseguiram recuperar o volume de antes da pandemia.

ÔNIBUS perderam R$ 36 bilhões nos últimos TRÊS anos devido à pandemia de covid-19

O levantamento da NTU aponta que a situação está menos ruim no pós-pandemia, mas que a recuperação foi apenas parcial. E que, diante da demora do retorno dos passageiros, a expectativa é de que eles tenham deixado o sistema de vez, cada um por uma razão.

Entre elas, as principais são a crise econômica - que dificulta o pagamento do valor da tarifa -, os aplicativos de mobilidade urbana e o avanço do home office. De acordo com os estudos realizados, a demanda atual atingiu 82,8% dos níveis verificados na pré-pandemia.

TRENS E METRÔS TAMBÉM SOFREM

Além dos ônibus, o transporte público sobre trilhos também sofre com os efeitos da pandemia de covid-19. Embora tenha registrado um aumento de 28% na demanda de passageiros em 2022, a rede de metrôs, trens, VLTs e monotrilhos do País ainda não conseguiu recuperar o passageiro de antes da crise sanitária.

A perda de demanda em relação a 2019 chega a 43%. Em 2022, os sistemas de transporte metroferroviário transportaram mais de 7,8 milhões de pessoas por dia, o que significou um aumento de 28% em relação aos 6,1 milhões de passageiros transportados/dia em 2021.

Em 2022 foram transportadas 2,3 bilhões de pessoas por ano. Mas, quando o movimento é comparado com 2019, a diferença se destaca. Naquele ano, 3,3 bilhões de passageiros foram transportados. Ou seja, 11 milhões a mais.

Os dados são da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos).

 




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