Torta de pistache, sorvete de pistache, pavê de pistache, sopa de pistache e até filé mignon com crosta de pistache. Acredite, se o consumidor entrar em alguma sorveteria, doceria e num restaurante com cardápio à la carte será quase impossível fugir de uma sugestão de pistache.
Parece que aproveitando que na última segunda-feira foi o Dia Internacional do pistache, todo mundo decidiu colocar pistache no cardápio. Virou uma febre desse tipo de noz que vem da Pistácia Vera, uma planta originária do Oriente Médio, mais especificamente de áreas montanhosas da Síria, Turquia, Irã e Afeganistão.
O Brasil não produz ainda um grão de pistache. Tudo que comemos em termos de pistache vem de ao menos cinco países. Irã, Estados Unidos, Turquia, China e Síria. E a bem da verdade o mundo não produz milhões de toneladas dele.
No Brasil, agricultores do Ceará pediram a Embrapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), autorização do plantio experimental de pistache. O problema é que plantar e colher pistache leva pelo menos três anos.
E também não é feito soja ou milho se produz em quantidades gigantes. Por exemplo: no máximo, segundo a FAO, o mundo produz por ano dois milhões de toneladas/ano de pistache que na verdade faz parte do cardápio dos países produtores como são culturas tradicionais dos países de clima quente do Oriente Médio.
Mas no Brasil o oleaginosa virou moda depois que influencers passaram a dizer que comem pistache nas suas dietas fitness catapultando o consumo do pistache importado.
Entretanto, não é um produto que todo mundo possa inserir na sua dieta. Um pote de 210 gramas castanha de pistache não custa menos de R$94 na Amazon. Um quilo de pistache sem casca cru custa pelo menos R$205 no Mercado Livre. E nas casas de produtos naturais o quilo do produto com casta fica na faixa de R$100,00.
Para o público fitness, assim como outras oleaginosas, o pistache contém nutrientes essenciais e auxilia na perda de peso e precisa estar na dieta. Na verdade, essa espécie de amendoim verde é rico em nutrientes – como ácidos graxos saudáveis para o coração, potássio, magnésio, vitamina K e vários tipos de fitoquímicos (compostos químicos vindos de plantas) – o pistache chama atenção pela coloração verde característica.
Mas, assim como no Brasil, especialmente para dar charme às receitas da moda, o pistache adoradores em todo o mundo além do mediterrâneo e agora na região desértica da Califórnia nos Estados Unidos.
Curiosamente e, diferentemente do Brasil, o pistache faz parte do cardápio de vários países do Oriente Médio consumido como semente diretamente. Até porque ele é tão antigo que está na Bíblia em Gênesis 43:11 onde aparece quando... então Israel, seu pai, lhes disse:
"Se tem que ser assim, que seja! Coloquem alguns dos melhores produtos da nossa terra na bagagem e levem-nos como presente ao tal homem: um pouco de bálsamo, um pouco de mel, algumas especiarias e mirra, algumas nozes de pistache e amêndoas.
No mundo moderno o pistache virou moda em tudo quanto doceria. Das mais sofisticadas às mais simples. Nos shoppings as lojas de sobremesas ficam nos bairros da periferia.
Por isso é que está difícil fugir do pistache deste a última segunda-feira quando foi comemorado o seu dia. E também é por isso é que se diz que “o pistache é a nova Nutella”, enfatizando a grandeza do consumo e do sabor da noz citada. Embora a avelã seja bem mais fácil de ser colhida e virar um quase chocolate.
A como está chegando a Páscoa é bom saber que ja estão saindo do fornos os novos ovos de pistache.
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