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Paralisação de professores deixa escolas de Jaboatão sem aula nesta sexta-feira

Professores de Jaboatão afirmam que trabalham sob forte calor, com goteiras nas salas de aula e com banheiros em más condições

Publicada em 12/04/2024 às 09:40h - 25 visualizações

por Rodrigo Fernandes


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Sinproja: professores de Jaboatão fazem paralisação nesta sexta - Reprodução/Redes Sociais  (Foto: )

As escolas municipais de Jaboatão dos Guararapes amanheceram sem aula nesta sexta-feira (12) devido a uma paralisação realizada pelos professores da cidade. A categoria protesta contra a má qualidade das estruturas físicas das unidades escolares.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Jaboatão (Sinproja), a paralisação atinge todas as unidades educacionais do município, como escolas, creches e centros de educação infantil, em todos os turnos. A prefeitura afirma que houve "adesão parcial".

Os professores denunciam que trabalham sob forte calor nas salas de aula, que os banheiros das escolas não funcionam e que há goteiras e alagamentos nos locais de ensino.

"As condições são adoecedoras. Estão sufocando a educação jaboatonense", diz uma nota emitida pelo sindicato.

O Sinproja alega que a decisão pela suspensão das atividades se deu "diante da falta de soluções para esses graves problemas".

"Essa luta não interessa apenas aos trabalhadores e às trabalhadoras, mas também às famílias e aos(às) responsáveis que desejam uma Educação de qualidade socialmente referenciada para crianças, jovens e adultos", acrescenta o sindicato.

A presidente do Sinproja, Séphora Freitas, afirmou que vai realizar um giro pelas escolas na manhã de hoje para avaliar a adesão dos profissionais.

"Fizemos a mobilização e já foi mostrada muita disposição. A categoria está bastante indignada pelas condições de trabalho e demonstrou grande disposição para a paralisação", afirmou a líder sindical.

O que diz a prefeitura

A Secretaria de Educação de Jaboatão dos Guararapes informou que a mobilização teve adesão parcial dos professores, e que as escolas afetadas irão repor as aulas posteriormente em encontros presenciais.

A pasta também disse que está adotando medidas para melhorar as condições de trabalho dos profissionais, realizando requalificação e ampliação do número de aparelhos de ar-condicionado, abrindo licitação para manutenção das escolas e elaborando projetos de manutenção do serviço elétrico, hidráulico e arquitetônico.

A secretaria também afirmou que concluirá a entrega dos kits e fardamentos de alunos e professores até o mês de maio, à medida que os materiais forem enviados pelos fornecedores.

Na última quinta-feira (11), a secretaria de Educação se reuniu com o Sinproja para acolher as reivindicações da categoria e apresentar medidas. De acordo com Séphora Freitas, a prefeitura se comprometeu a iniciar a solução do problema com os aparelhos de ar-condicionado já na próxima segunda-feira (15).

"Eles disseram que vão iniciar medidas emergenciais de chamamento público em licitação para manutenção corretiva dos aparelhos de ar-condicionado, e a partir de segunda-feira será feita a manutenção nos que estiverem quebrados. Também disseram que vão apresentar licitação para acréscimo de novos ares-condicionados nas escolas", disse Séphora.

"Como medida a longo prazo, a secretaria afirmou que vai realizar parceria com o governo do Estado, por meio do Juntos Pela Educação. Está prevista a construção de cinco creches e três escolas em tempo integral", afirmou Séphora.

Segundo ela, a prefeitura também afirmou que os 30% dos Precatórios do Fundef destinados às gestões governamentais serão usados para recuperar unidades escolares. 

"Foi uma reunião muito produtiva, mas é lógico que vamos nos manter vigilantes e cobrar que isso aconteça. A paralisação foi mantida pois foi deliberada em assembleia. Precisamos ficar fortes para cobrar", disse a presidente do Sinproja.

Jaboatão sem aula

Nas redes sociais, diversos professores de Jaboatão se manifestaram sobre a paralisação.

"Sala com ar quebrado. Teto de PVC. Não circula o ar... que calor. Em vez de ajeitar ou trocar o ar, colocam 5 ventiladores que só espalham o ar quente e fazem a maior zuada quando estão ligados. Resumo: Calor e zuada. Tem rendimento assim?", questionou o professor de matemática Carlos Eduardo.

"Não tô aguentando trabalhar na SAUNA de aula todo dia não. E quando chove é pingueira pra todo lado. Como se ensina/aprende nessas condições?", indagou outra professora nas redes sociais do Sinproja.

"Só quem trabalha na rede sabe", afirmou Ericka Fernandes, professora da rede municipal desde o mês de janeiro.




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