Com a chegada do outono e inverno, as doenças respiratórias se tornam mais frequentes - e com elas, a dúvida: será gripe ou apenas um resfriado?
O otorrinolaringologista Marcelo Barretto, médico do Hospital Paulista, esclarece que, embora ambas sejam infecções virais, apresentam características distintas.
"A gripe é provocada pelo vírus Influenza e tende a ter um início súbito, com um quadro mais intenso. Os sintomas incluem febre alta, dor no corpo, dor de cabeça e uma prostração significativa”, explica o médico.
“Já o resfriado pode ser causado por diversos vírus, como o rinovírus, e apresenta sintomas mais brandos, como congestão nasal, coriza e dor de garganta", exemplifica.
O principal diferencial, segundo ele, é a febre: "Na gripe, pode ultrapassar 39°C. No resfriado, se ocorrer, geralmente é baixa e passageira".
Enquanto adultos saudáveis podem se recuperar com repouso e hidratação, idosos, gestantes e portadores de doenças crônicas precisam de cuidados especiais.
"Uma infecção viral simples pode evoluir para pneumonia ou SRAG (síndrome respiratória aguda grave) nesses pacientes. Por isso, exames complementares podem ser necessários para identificar o vírus exato", alerta Barretto.
Medidas preventivas essenciais:
A abordagem médica varia conforme o diagnóstico.
"Ambos são autolimitados, durando geralmente de 7 a 10 dias. Porém, se os sintomas piorarem ou persistirem, é crucial procurar ajuda médica", reforça o especialista.
O médico faz um alerta sério sobre o uso indiscriminado de medicamentos: "Descongestionantes tópicos usados por tempo prolongado podem causar arritmia e hipertensão. Sempre consulte um profissional antes de tomar qualquer remédio".
A gripe, se negligenciada, pode evoluir para complicações mais sérias como rinossinusite, otite média e pneumonia.