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Seis casos suspeitos de gripe aviária sob investigação no Brasil; entenda a doença que causa surto no Rio Grande do Sul

Entre os casos suspeitos, apenas dois foram localizados em aves comerciais. Os outros casos sob investigação são de subsistência

Publicada em 20/05/2025 às 06:17h - 468 visualizações

por Maria Clara Trajano


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Imagem de galinha se alimentando - PIXABAY  (Foto: )

O Brasil mantém alta vigilância após a confirmação do primeiro foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves comerciais no Rio Grande do Sul.

Atualmente, seis novos casos suspeitos da doença estão sob investigação oficial em diferentes estados do País, sem resultados laboratoriais conclusivos até o momento.

As investigações são conduzidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), por meio do sistema de monitoramento de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, e órgãos estaduais de defesa agropecuária.

Os seis casos suspeitos em análise estão localizados nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Sergipe, Ceará, e Tocantins. Conforme o MAPA, apenas os estabelecimentos em Santa Catarina e Tocantins são para fins comerciais entre os que estão sob investigação.

O que é gripe aviária?

A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), ou "gripe aviária", é uma doença contagiosa causada por vírus, como o H5N1, que afetam principalmente aves.

Em aves de criatório, a doença pode levar a problemas respiratórios, fraqueza, dificuldade de locomoção, inchaços e hemorragias, resultando em alta mortalidade, que pode variar de 50% a 80%, com alguns casos de morte súbita antes mesmo dos sintomas.

Em galinhas poedeiras, criada especificamente para a produção de ovos, observa-se diminuição na produção e alterações na casca dos ovos. A introdução do vírus em um território ocorre frequentemente por meio de aves selvagens migratórias.

Transmissão

As autoridades sanitárias reiteram que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos, desde que devidamente preparados.

O risco de infecção em humanos é baixo e ocorre majoritariamente em pessoas com contato intenso e direto com aves infectadas (vivas ou mortas) ou ambientes contaminados.

A vigilância em animais é crucial para detectar subtipos circulantes e seu potencial zoonótico, permitindo respostas rápidas para mitigar riscos à saúde pública.

Setor avícola reforça biosseguridade

Diante do cenário, a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro) reforçou a importância da adoção de medidas de prevenção nos estabelecimentos avícolas, como evitar o contato de aves comerciais com aves silvestres, controlar o acesso de pessoas e veículos nas propriedades e instalar telas nos aviários.

A agência também realizou vigilância ativa em propriedades de aves de subsistência e comerciais, coletando amostras para verificar a circulação do vírus.

Em entrevista à Rádio Jornal, Edival Veras, presidente do Instituto Ovos Brasil, destacou a robustez do sistema de biosseguridade brasileiro e tranquilizou os consumidores quanto à segurança dos produtos avícolas.

Veras ressaltou que o Brasil era o único país de importância mundial na produção de frangos e ovos que ainda não havia registrado casos de gripe aviária recentemente.

"A agricultura brasileira é respeitada no mundo inteiro, e a gente espera que esse caso, que ocorreu no Rio Grande do Sul, seja um caso isolado", afirmou.

Sobre o consumo, ele foi categórico: "Para as pessoas é que não tem nenhum risco de consumir ovos e frango, porque temos todo um processo de biosseguridade.”

O presidente do Instituto Ovos Brasil também abordou o impacto comercial, mencionando os embargos recentes da União Europeia, China e Canadá, que abrangem todo o território nacional devido a acordos.

No entanto, ele expressou otimismo baseado no sistema de regionalização.

"A gente já tem um processo de regionalização. A região afetada fica isolada num raio de 3 quilômetros da granja e com 10 quilômetros se faz todo um processo de segurança... tirando essa região fechada, é provável que, num prazo de 30 dias, a gente não tenha nenhum foco em outra região e voltaremos a exportar normalmente".

Ele minimizou o impacto no preço dos ovos, já que o Brasil exporta menos de 1,5% de sua produção.

Em Pernambuco, Edival Veras destacou que o Estado foi pioneiro na implantação da rastreabilidade dos ovos há mais de 6 anos, garantindo a origem e procedência dos produtos. Ele reforçou a importância para o consumidor em escolher produtos com certificação e controle sanitário.

 




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