Com a chegada dos festejos juninos, a UPA Caruaru alerta sobre os riscos de acidentes com fogueiras e fogos de artifício. Um levantamento da unidade aponta um aumento de 50% nos atendimentos por queimaduras em junho de 2024 na comparação com 2022 — subindo de 18 para 27 casos.

O crescimento acendeu um sinal de alerta. Segundo a diretora da UPA, Larissa Martins, o cenário reforça a necessidade de ações preventivas e capacitação das equipes.

“Já iniciamos, desde maio, um ciclo de treinamentos com foco no manejo clínico e na abordagem humanizada desses casos, que costumam crescer no São João”, afirma.

Principais causas de queimaduras no São João

• Fogos de artifício;
• Contato direto com fogueiras;
• Uso de álcool, gasolina ou querosene para acender fogo;
• Acidentes domésticos com líquidos quentes.

Atendimento inicial

De acordo com a coordenadora de enfermagem, Jéssica Santos, o protocolo começa pela avaliação das vias aéreas, respiração e circulação, com atenção a sinais de choque e comprometimento respiratório.

Depois, é feita a análise da extensão e profundidade da queimadura, além de medidas imediatas como:

• Interrupção da fonte de calor;
• Analgesia adequada;
• Reposição de líquidos, se necessário;
• Curativos provisórios;
• Atualização da vacina antitetânica.

Casos graves, como queimaduras de terceiro grau, em crianças ou idosos, ou em áreas sensíveis (face, mãos e pés), são transferidos para unidades de referência como o Hospital da Restauração, no Recife.

Dicas de prevenção

• Nunca deixe crianças manusearem fogos, nem os “inofensivos” como traques ou estrelinhas;
• Acenda fogos apenas em ambientes abertos, longe de casas, carros e fiações;
• Não reacenda fogos que falharam;
• Jamais use álcool, gasolina ou querosene para acender fogueiras;
• Mantenha baldes de água ou extintores por perto;
• Prefira roupas de algodão, menos inflamáveis que tecidos sintéticos.

Além do atendimento, a UPA reforça que mantém ações educativas para alertar tanto a população quanto os próprios profissionais de saúde. “Nosso objetivo é garantir não só o cuidado emergencial, mas também reduzir os riscos com informação e acolhimento”, finaliza Larissa Martins.